quinta-feira, 26 de abril de 2012

Motoristas do Samu protestam na Câmara de São Bernardo


Por: Nicole Briones (nicole@abcdmaior.com.br)

Servidores reclamam de terceirização do serviço

Motoristas de ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) protestaram nesta quarta-feira (25/04) na Câmara de São Bernardo contra a contratação de 40 novos motoristas terceirizados pela prefeitura. Os servidores estatutários argumentam que a tendência é de terceirização do serviço e reclamam da possibilidade de deslocamento para outras funções.
Na terça-feira, a prefeitura se reuniu com a categoria para tentar uma negociação. Entre as principais demandas reivindicadas está o acúmulo de funções. De acordo com os motoristas, os servidores prestam serviço também como socorristas e cobram o pagamento de um adicional pela ocupação.
A defasagem salarial entre os servidores estatutários e os novos funcionários terceirizados também foi alvo de reclamações. “Nossa principal queixa é a questão da falta dessa gratificação pelo acúmulo de serviços”, afirmou um motorista que preferiu não se identificar.
A previsão é de que parte dos novos contratados inicie os trabalhos já a partir do dia 16 de maio. Os servidores estatutários recebem a remuneração de R$ 1.687 mil, já os novos funcionários receberão R$ 2.135 mil.
Após o protesto na Câmara, os motoristas seguiram para reunião na Secretaria de Saúde de São Bernardo para uma nova negociação. A prefeitura deve responder as demandas da categoria nesta quinta-feira, de acordo com a Secretaria de Saúde.
Por meio de nota, a Prefeitura posicionou-se sobre a questão e informou:
- Não haverá terceirização dos motoristas do SAMU. Para que o serviço atenda de maneira satisfatória os casos de urgência e emergência, o quadro completo previsto é de 56 motoristas. Atualmente, são 40 motoristas apenas. A Secretaria de Saúde está providenciando a contratação de 16 motoristas para completar o quadro. Essa decisão considera também o excessivo número de horas extras trabalhadas, situação que é prejudicial aos motoristas por impedir que eles tenham o regular descanso semanal.
- Não é possível comparar os novos motoristas, que serão contratados em regime de CLT, com os motoristas que estão no SAMU sob regime estatutário. Há estatutários que recebem salário pouco inferior aos celetistas, mas há outros que recebem adicionais, como biênio, que eleva o salário desses profissionais.
- A previsão é que os 16 motoristas contratados iniciem suas atividades em maio.
- Não há intenção da Prefeitura de tirar ou remanejar os atuais motoristas do SAMU.
- A reivindicação para que recebam um pro-labore está sendo discutida com uma comissão de motoristas e representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Bernardo. Já ocorreram duas reuniões nesse sentido e outra está marcada para a próxima semana.

Fonte: ABCD Maior

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